II Seminário Inclusão e Acessibilidade - Tarde

O seminário iniciou às 14 horas, com a palestra "Software Livre " com o Bacharel Adriano Rafael Gomes, formado em Ciências da Computação, pela Feevale, e membro fundador da Comunidade Software Livre do Vale do Sinos. Adriano começou sua apresentação falando da filosofia do software livre e a importância dele para a sociedade.
Adriano Gomes (Software Livre- Vale do Sinos), falando sobre software livre na Feevale.

Cada software é um programa, portanto cada passo que damos, seja para escrever um e-mail ou um simples texto, estamos usando um software diferente. O software pode ser classificado com livre e não-livre. Para ser considerado um software livre é necessário quatro liberdades essenciais:

Liberdade Zero: uso de qualquer programa em qualquer lugar;
Liberdade Um: ajudar a si próprio (utilizar e modificar o software);
Liberdade Dois: ajudar à seu próximo (fazer cópias exatas e distribuir);
Liberdade Três: ajudar a sociedade (publicar e distribuir versões e adaptações do programa);

Quando todas essas liberdades estiverem presentes, o software é livre. Quando qualquer uma delas faltar, o software não é livre, ou seja, não está no controle do proprietário. - "O software livre é importante pois temos a liberdade completa do que queremos e pretendemos com o programa" - afirma Adriano.

Apesar de uma pessoa não saber, ou não se interessar em modificar um software, pode contratar, por exemplo, uma empresa para fazê-lo. É tão importante pois beneficia toda a sociedade. Adriano ainda faz um breve histórico sobre de como foi a conquista do software livre.

O palestrante ressalta que hoje temos essa liberdade, mas não quer dizer que ela dure para sempre. Portanto precisamos aprender a lutar por essa liberdade e defendê-la se preciso.

Ele finaliza dizendo que a inclusão digital é necessária porque as pessoas com necessidades especiais possam não apenas usufruir de um software, mas sim da criação de um. Por isso que a luta pelo software livre é tão importante.

Após essa palestra, foi a vez da Profa. Dra. Liliana Maria Passerino, com a palestra "Acessibilidade digital", falando sobre o que é acessibilidade.



Liliana Passerino (UFRGS) em palestra sobre acessibilidade digital na Feevale.

Afirma que é um processo para conquista da igualdade de oportunidade e de participação em todas as esferas da sociedade. Assim como sinônimo de aproximação e redução das discriminações e exclusões sem prejudicar as características gráficas.

Liliana ainda ressalta que a sociedade estabelece meios para categorizar pessoas com um total de atributos considerados comuns ou naturais para os membros dessas categorias. Esses atributos definem a Identidade Social.

Ela levanta um questionamento: A normalidade existe?
Sim existe. Temos parâmetros que a definem, como por exemplo, estatísticos, funcionais e sociais. Uma pessoa que tem um defeito não é uma pessoa menos desenvolvida, mas sim se desenvolveu de outra forma.

Ainda, apresenta-nos um quadro de visão qualitativa e quantitativa. O defeito nunca está sozinho, temos que analisar o contexto de onde a pessoa se desenvolve, que oferece por um lado limitações e por outro lado possibilidades.

Afirma que os diferentes espaços sociais devem desencadear ações que potencializam a inclusão de um PNE (Pessoa com Necessidades Especiais). Apresentou alguns gráficos com o número de deficientes com respectivas idades, o uso da internet nas empresas, tipos de conexão e número de usuários com deficiência.

Comenta também sobre os problemas nas interfaces para os usuários com necessidades especiais (baixa visão ou daltônicos, deficiência auditiva, limitações motoras, problemas de concentração, memorização, leitura, percepção e etc.)

O objetivo do uso de Tecnologias Assistivas é proporcionar a igualdade, diversificando serviços e recursos que buscam facilitar o desenvolvimento das atividades diárias. Apresenta "pontos-chave" na concepção de projetos para a web, como por exemplo, criar tabelas passíveis de transformação harmoniosa e fornecer mecanismos de navegação claros.

Termina falando sobre a inclusão, sendo ela a busca por quatro utopias: Qualidade de vida, Equidade, Autonomia e Desenvolvimento humano - "Isso prova que a inclusão não é um produto e sim um processo" - finaliza Liliana.

Após as palestras, ocorreu a Mesa Redonda com a mediadora Profa. Dra. Sandra Portella Montardo abrindo questionamentos da platéia para os palestrantes. O evento terminou por volta das 17 hora com o encerramento com do Prof. Dr. Everton Rodrigo Santos.

Liliana, Sandra e Adriano em mesa redonda do II Seminário Inclusão e Acessibilidade.

Conforme o combinado, deixo a seguir links de dois blogs bastante esclarecedores quanto à Lei do Senador Eduardo Azeredo: blogs do Sérgio Amadeu e do Henrique Antoun.

Consideramos o evento um sucesso quanto aos seus objetivos e o debate foi bastante instigante.

Sandra e Bruna

1 comentários:

adrianorg disse...

Para saber mais, veja esta dica de leitura.

Boa leitura :-)

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